segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Parece piada...


Gente , eu estava me lembrando hoje, que há uns 3 meses, logo que entrei para a liturgia da Igreja de São Benedito, aconteceu uma coisa muito engraçada comigo. Numa quarta-feira, a rotina daqui de casa estava fluindo normalmente, ajudando Analu com a tarefa de casa, banho, fazendo almoço, arrumando ela pra levar na escola... enfim, meu telefone toca. Isso, lá perto do meio dia, meu horário mais crítico. Era a Marcinha, do meu grupo de liturgia: ", vai ter uma missa agora de ultima hora, missa de corpo presente, tu pode cobrir"?
E eu:" tá, tudo bem, que horas? Duas? Beleza, estarei aí."
Nem prestei atenção direito, só sabia que tinha que estar na missa às duas horas.
Chegando lá, o padre passou a leitura que eu teria que fazer, comecei a decorar, quando o acólito chega e diz: "Padre, o corpo já chegou". Eu virei rapidamente para ele e perguntei: "Corpo? Que corpo?"

"O corpo da senhora que faleceu de manhã". Comecei a fazer o sinal da cruz e todo mundo começou a rir. "Ah não , eu te falei que era missa de corpo presente." - Disse Marcinha.
E eu lá sabia que 'corpo presente', era O CORPO PRESENTE?
Comecei a suar antes de entrar no altar, na frente do defunto, veio aquelas senhoras com véu na cebeça cantando: "No céu, no céu, com minha mãe estarei..." Aquilo foi piorando o meu "suador", quando vi o caixão lá no meio da Igreja, quase voltei correndo.

Mas, já que eu tinha que fazer... e quem disse que eu olhava pro morto, de jeito nenhum, e nem pra família. Aquele povo num sofrimento só, e, eu já com vontade de chorar (de medo), se eu visse alguém chorando, aí que eu ia abrir o berreiro. Mas isso foi só o começo!
Quando chegou a minha vez de falar, eu só olhava pro papel, fazendo uma força pra não gaguejar. Me entra um bêbado na Igreja, e , quando eu terminava uma frase o "bicho" gritava: Amém! Aleluia!

Rapaz, aquilo foi me desconcentrando, e eu suava, até que ele me resolve chegar perto da morta e grita: "Fulana, porque você morreu?" Nesse momento eu olhei pro padre, ele fazendo sinal pra eu continuar, e, enquanto eu falava, os parentes tiravam o bêbado, que era da família, de perto da defunta. Aquele escândalo, que achava que só existia lá no 'meu povo', rolando enquanto eu continuava falando. Eu só pensava que aquilo era piada, não era possível. Pense na cena!
Depois da missa todo mundo me perguntava porque eu estava daquele jeito, e eu falava que nunca tinha visto um defunto na minha vida, ninguém acreditou, mas é verdade. Quando eu era pequena meus pais nunca me levaram em um enterro ou velório. Medo, medo, eu não tenho. Não tenho mesmo é costume!



3 comentários:

  1. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    kikkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    kkkkkkkkkkkkkk...tá doendo minha barriga de sorrirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, não consigo parar de sorrirrrkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    amo muito vc.
    vc me faz um bem danado.

    xeroooooookkkkkkk, vou já te ligarkkkkkkkkkkkkkkkkk

    ResponderExcluir
  2. sem comentáriosssssss!

    Mto bom! auahuahuahua

    ResponderExcluir
  3. Julianna,

    Eu imaginei a sua cara vendo o caixão. kkkkkkkkkk
    Acontece cada uma com a gente, né??

    Li os outros posts do blog. Fico feliz por voce está bem, por ter uma família linda em todos os sentidos.

    Faz muito, muito, muito tempo que a gente não se encontra, né? Guardo com carinho as lembranças da nossa pré-adolescencia no Objetivo, do nosso trabalho sobre o MST. hahaha. Sabia que aquele trabalho mudou a minha escolha profissional? Eu me apaixonei pelos estudos da sociedade e decidi fazer Ciencias Sociais. A sociologia me encantava. Na universidade, apaixonei-me por Antropologia e tô seguindo esse caminho.

    Vou te ler sempre!

    Beijão

    ResponderExcluir