Ciúmes

Olá Porcinas, como estão? Saudades, faz tempo que eu não posto...
Bom, esse fim de semana, minha amiga e vizinha Michellyne veio almoçar comigo, e, adivinha sobre o que falamos? De homens é claro! Acabei me lembrando de um episódio que decidi compartilhar com vocês.

Quando me mudei para Ituiutaba, meu marido já estava há um tempo morando aqui, vim em setembro, logo vieram as férias, e como sempre, viajei para Teresina para ficar com minha família. Só que acabei ficando mais do que o previsto e todo mundo começou a me alertar: "Julianna, vá 'simbora', não deixe seu marido lá sozinho por muito tempo não." "Você não sabe como é homem?" "Rapaz, ele é bonito e tá lá sozinho, cuidado não, viu?"

Menino, aquilo foi ficando no meu subconsciente. Por mais que eu confie no Davi, as palavras tem o poder de guiar seus pensamentos, a gente tem que ter muito controle para que essas coisas não afetem nossa vida. Eu não tinha nenhum motivo para desconfiar do meu marido, mas logo dei pressa para ir embora e saber o que tinha acontecido na minha ausência.

Cheguei assuntando, como quem não quer nada, só de 'butuca' ligada. Já estava até sonhado que estava sendo traída. Uma bela manhã o telefone toca, quando atendo, era uma mulher e foi desenvolvida  a seguinte conversa:

- Bom dia, o Davi está?
-O Davi? Bom dia? Olhe minha filha, quem está falando aqui é a esposa dele, eu estava viajando, mas já voltei, viu? Estou lhe avisando logo que é pra botar ordem nesse galinheiro, avise aí pras suas colegas que a galinha chefe aqui chegou, e não quero ninguém ligando pro meu marido não. Porque quem canta de galo aqui sou eu. Tá certo?
-É... eh... É da lavanderia, minha senhora, é que a roupa dele já está pronta.
Rapaz, vocês pensam que eu fiquei com a cara no chão? Oxe, fiquei não, respondi logo:
-Olhe, como é seu nome?
-Fulana.
-Olhe Fulana, você me desculpe, mas a culpa foi sua de ter escutado tudo isso, aprenda aí que quando você ligar pra casa de alguém, se identifique. Bom dia, aqui é da lavanderia, o sr. Davi está? Entendeu!
-Tá certo, a sra. está certa, me desculpe.

Pense numa mulher brava! (risos)
Quando fui pegar a roupa foi o maior reboliço na lavanderia, um burburinho.O pessoal se entreolhando, comentando, e, eu me fazendo de desentendida.
-Vim buscar a roupa do Davi.
Veio uma mulher mais velha, que era a dona e me cumprimentou:
-Vim, dizer para a senhora que ADOREI!!! Se fosse eu tinha feito igual, e tu fulana? Pronto montei uma enquete na lavanderia.
Quando contei pro Davi o acontecido ele teve uma crise de riso.
-Não acredito Julianna, você é louca! Meu Deus que mico!
-Que mico o quê rapaz? É, e tu tá se achando o gostoso! Pois não fique não. Tenha cuidado não viu, que tu deita mais não levanta!
Ele se acabando de sorrir do fora que eu dei. Eu sei que também achou bom saber do meu ciúme, e não esperava essa atitude. Aproveitei e fui alimentando:
-Menino, o que é meu ninguém toma não!
Meninas, os homens adoram quando fazemos uma ceninha de ciúme, só não exagerem tá!
Beijos, não se esqueçam: